A pesquisa visa cartografar possíveis linhas de força do campo educacional, particularmente da Educação Física na perspectiva cultural, a partir de uma concepção filosófica deleuzeguattariana denominada esquizoanálise. Entendendo o currículo enquanto um fazer-viver repleto de métodos, procedimentos, princípios éticos-políticos, intencionalidades, subjetividades, que significa certos conhecimentos e experiências para os estudantes e seus corpos, o objetivo aqui é produzir um memorando das linhas de poder (molares, moleculares e de fuga), bem como uma descrição dos acontecimentos e agenciamentos que engendram uma experiência curricular. Sobre a escrita, pensamos que enquanto o vivido vai se tornando memória, esperamos que os conceitos enrijeçam o texto em forma de memorando, destacando o complexo emaranhado de forças e segmentos que atravessarem a cena. Forças tais que, nessa concepção, as vezes impedem uma experiência curricular de ser o que o professor e alunos desejam, outras vezes, potencializam o pensamento e a “escrita-currículo”, criando suas singularidades. Para isso, mergulharemos em um denso trabalho teórico-pragmático da vida-trabalho de um professor, em sua escola, com seus alunos, colegas de profissão, reuniões, cafés, formações, discussões e seus enlances de desejos.
Palavras-chave: Educação Física; Esquizoanálise; Deleuze-Guattari